Legislação ambiental internacional impacta preços de fluidos refrigerantes no Brasil

Aumento do preço de mineral na China provocou reajuste dos preços na cadeia de fluidos refrigerantes no Brasil

Um significativo aumento no preço de um componente vital na produção de HFCs colocou pressão sobre os preços dos fluidos refrigerantes em todo o mundo e o impacto no Brasil já vem sendo sentido. Empresários brasileiros acreditam que o pior momento dessa adequação já passou e que os preços possam voltar a ficar estabilizados daqui para frente.

A alteração deu-se por causa do preço da Fluorita, mineral usado na produção do ácido fluorídrico que compõe a produção de HFCs. O preço do mineral atingiu a maior alta dos últimos quatro anos na China que é o maior produtor mundial. Os preços da Fluorita subiram quase 40% desde fevereiro, levando a aumentos na China de cerca de 60% no preço do R-22 e R-134a, aumento de 130% no preço do R-125, e um aumento de 160% no custo de R-32.

– A partir da aprovação do Protocolo de Montreal, política internacional que busca a preservação da camada de ozônio, a qual o Brasil é signatário, foi definida a necessidade de eliminação gradativa do uso de HCFCs, gás que degrada a camada de ozônio, no mundo inteiro. Portanto, o mercado adotou fortemente o uso de fluidos HFCs, que tem como característica não degradar a camada de ozônio, e vem sendo o tipo de gás mais utilizado atualmente em sistemas de refrigeração, condicionadores de ar e etc. O impacto deste aumento atinge toda a cadeia do frio, principalmente o que tange os serviços de manutenção dos equipamentos, segmento responsável pelo maior consumo de fluido refrigerante no país. Se estima que 80% dos fluidos refrigerantes sejam usados em serviços de manutenção e grande parte destes serviços ocorrem em supermercados – explica o CEO da RLX, Ramon Lumertz.

O impacto no mercado brasileiro pôde ser sentido a partir do mês de Abril, quando os fabricantes e fornecedores foram obrigados a repassar os preços aos consumidores. Porém, já é possível perceber uma estabilização dos aumentos a partir do mês de setembro.

 

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